Na última semana, a Vereadora Lins Robalo (PT), junto de sua assessoria parlamentar, protocolou na secretaria da Casa Legislativa uma Indicação ao Poder Executivo Municipal que dispõe sobre a criação e gestão de um “Galpão dos Povos Tradicionais”. Em justificativa, a parlamentar defende que a iniciativa trata-se de uma questão fundamental no que tange a composição histórico-cultural do município e região, bem como as dinâmicas econômicas locais.
Conforme predispõe o conteúdo da proposição, “o Galpão será constituído por um ambiente de exposição, para que povos tradicionais como indígenas, pescadores artesanais e povo de terreiro possam promover seus produtos, como também servirá de alojamento para curtas estadas, especialmente, considerando a população indígena da região”.
A indicação emerge das vivências da própria Vereadora e de sua perspectiva política como representante de segmentos que, em sua visão, são considerados invisibilizados pela História. Nesse sentido, Lins Robalo enfatiza que, “há que se ter, a partir do Poder Público, sensibilidade e disposição para construção de solidariedade na promoção dos povos que aqui já viviam antes de nós, bem como para cumprir e efetivar legislações federais importantes, como os Estatutos do Índio e da Igualdade Racial, não esquecendo da Constituição Cidadã e dos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, ressalta.
“As urgências que a pandemia da Covid-19 escancarou vinham sendo denunciadas pelo movimento indígena a nível nacional e internacional. Assim, considero que a propositura de um espaço de acolhimento e promoção dos Povos Originários é um mínimo de reparação histórica a ser realizada neste Município”, observa Lins Robalo.
Por fim, a vereadora salienta que, a sociedade são-borjense ganha quando os povos tradicionais locais se fortalecem e a população em geral se beneficia quando grandes legados culturais são resgatados e preservados. “Os antepassados apagados da história gaúcha e fronteiriça ainda têm muito a nos ensinar, bem como os contemporâneos povos tradicionais a nos cobrar e potencializar”, finaliza Lins Robalo.