Em reunião com representantes da diretoria da Acopasb, parlamentares do PDT apresentaram alternativas para situação financeira da entidade

O Abrigo Municipal de Animais de São Borja pede por apoio. O local – administrado pela ACOPASB (Associação dos Colaboradores e Protetores dos Animais de São Borja), via convênio com a prefeitura – enfrenta uma de suas piores situações financeiras e corre o risco de fechar as portas, encerrando assim um relevante trabalho que garante cuidados para mais de 700 animais retirados das ruas da cidade e disponibilizados para adoção. Em busca de soluções para contornar os problemas financeiros da entidade, o líder do PDT, vereador Paulo Cesar Cardial organizou uma reunião com as representantes da diretoria, Jane Pozza Garcia e Marta Pacheco Braga, e os parlamentares trabalhistas Djalma Leal Junior, Valério Cassafuz e Tiago Cadó.

Construído, inicialmente, para cerca de 200 animais, o abrigo possui atualmente mais de 500 animais acima de sua capacidade original. E se não bastasse isso, segundo a presidente da Acobasb, Jane Pozza Garcia, são consumidos diariamente cerca de 125 kg de ração, totalizando uma demanda mensal de 3 toneladas de ração. O centro do problema, conforme explica Jane Pozza Garcia, é que o convênio com a prefeitura não é reajustado há pelo menos oito anos. Sendo assim, as dificuldades são inúmeras e vão desde os problemas estruturais até o custeio do abrigo que recebe R$ 20 mil por mês do município, mas necessitaria de no mínimo R$ 30 mil – o que equivale a um acréscimo de 50% sobre os recursos disponibilizados hoje em dia -, para manter o bom funcionamento.

Além disso, do montante repassado via convênio, cerca de R$ 8,5 mil, ou o equivalente a 42% do total é utilizado para a compra de alimentos. Isso sem contabilizar a folha de pagamento (R$ 8,8 mil) e os encargos (R$ 1,9 mil). “Não recusamos novos animais e as novas entradas superam as adoções. É preciso encontrar uma alternativa para que possamos dar continuidade a este trabalho sério e transparente em nosso município”, comenta Jane Garcia.

Neste contexto, ela afirma que é urgente aumentar as verbas, promover melhorias na estrada em frente ao abrigo, realizar a manutenção do prédio, da parte elétrica, hidráulica e limpeza. Ela também cita a necessidade da criação de um conselho municipal de defesa dos animais. Além disso, com o convênio em mãos, a presidente da entidade demonstra que a limpeza é uma das cláusulas do contrato com a prefeitura e que assim, o Poder Executivo Municipal deve cumprir com tal acordo.

Diante do cenário de dificuldades apresentado, os parlamentares trabalhistas construíram uma série de ações em conjunto. Paulo Cesar Cardial, Djalma Leal Junior, Valério Cassafuz e Tiago Cadó devem apresentar requerimentos ao Poder Executivo com sugestões e cobranças para que seja realizada a manutenção da via com fresa asfáltica, exigência para cumprimento efetivo do contrato, cedência de um funcionário para a manutenção e limpeza periódica do local, alternativas para os custos de energia elétrica e água e, o mais importante, a revisão do repasse mensal.

O líder da bancada trabalhista, Paulo Cesar Cardial destaca que o reconhecimento do trabalho feito pela ACOPASB, no acolhimento de animais abandonados e vítimas de maus tratos, deve sim, ter o reconhecimento da sociedade e todo auxílio do Poder Público. “Isso passa justamente pela majoração dos valores repassados que serve para a manutenção do canil, com ênfase na alimentação do animais", salienta o parlamentar.

O Vereador Valério Cassafuz, por sua vez, acredita que sem a união da comunidade e das casas políticas, dificilmente, se chegará a uma solução que garanta a viabilidade da ACOPASB, seja no âmbito ambiental ou de saúde pública, pois “as vidas dos animais que hoje lá se encontram, uma vez não amparadas, com o zelo que merecem, podem trazer sérios problemas ao nosso município”, pondera.

Na mesma linha, Junior afirma que é preciso lutar para que o Poder Público aumente a verba destinada ao abrigo, para que a ACOPASB possa continuar o importante trabalho que realiza. “Já encaminhei pedidos de providências quanto a manutenção da estrada com fresa asfáltica para diminuir a poeira, a instalação de câmeras de videomonitoramento e cercamento do terreno, que pode ser feito até mesmo com postes inutilizados pela RGE SUL, para a segurança do local”, reforçou o vereador.

Por fim, Tiago Cadó destaca que a Lei do Troco Solidário, de sua autoria, poderia auxiliar na ampliação dos recursos disponíveis para o abrigo. No entanto, a matéria, aprovada em 2016, ainda carece de um decreto de regulamentação municipal. Cadó, ainda lembra de um pedido feito pelo ex-vereador Celso Lopes (PDT) ao prefeito Eduardo Bonotto que se comprometeu a repassar para a entidade a quantia de R$ 50 mil. O valor corresponde à parte de uma emenda do deputado federal Afonso Motta, já paga ao município para a área da saúde, no valor de R$ 150 mil, para a construção de um muro no abrigo de animais.

Fonte: Assessoria Parlamentar - Tiago Cadó (PDT).